Gabrielly Isacc
- Postado por ipis.admin
- Categorias Instrutores
- Data 28/01/2022
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INSTRUTORA
Cursos de Reiki e Florais de Minas
Tudo começou com nosso instrutor Eduardo Isaac, o qual inspirou o surgimento do IPIS – Instituto de Práticas Integrativas em Saúde. Que tal acompanhar o início dessa história pelas palavras dele mesmo?
“Lá atrás, eu não tinha nenhum conhecimento dessa área integrativa com a qual estou tão envolvido hoje. Nem havia me imaginado fazendo algo do tipo. Quando recebi o convite para fazer o curso de Reiki, no ano de 2010, eu já estava completando quatro anos de concursado no serviço público federal.
Embora ninguém soubesse, eu estava passando por uma fase muito difícil internamente. Tinha muita dificuldade para me levantar da cama dia após dia e me sentia cada vez mais triste e vazio. Não via mais sentido na vida.
Considerava minha situação muito estranha. Conquistei uma vaga no serviço público, algo com que tantas pessoas sonham. Eu tinha estabilidade e trabalhava em um local com boa mesa, cadeira confortável e ar-condicionado. Era visto por muitos como um privilegiado e tentava me sentir assim, até porque minha vida antes do concurso estava cheia de dificuldades financeiras. Quando prestei o concurso eu acreditava que encontraria, após a aprovação, certo “felizes para sempre”, mas isso não veio. E também nas promessas da sociedade de consumo, do comprar, comprar, comprar, essa felicidade não veio.
Eu dizia a mim mesmo que devia ser grato por tudo isso que estava conquistando. mas no fundo, eu não era feliz. Isso me gerava ainda um sentimento de culpa. O que seria esse vazio que, mesmo após cada conquista, não era preenchido? Por que a alegria e o contentamento eram sempre tão passageiros?
Externamente, eu até aparentava estar bem. Quando me saudavam com a banalizada expressão “oi, tudo bem?”, eu sempre respondia automaticamente “sim, na correria, Graças a Deus”. Afinal, apesar de ser tão corriqueiro perguntarmos se o outro está bem, na verdade são poucos aqueles que se dispõe a realmente a ouvir o outro. Se a resposta for “não, não está tudo bem”, os limites da superficialidade são postos à prova. Dia após dia eu coloquei uma máscara social e fingia estar tudo bem.
Sentia-me numa montanha russa de emoções. Às vezes, algo me distraía e eu me esquecia das dores internas. Depois a melancolia, a tristeza e a angústia visitavam-me novamente. Em alguns momentos experimentava apatia, em outros, sentia-me ansioso e meu coração acelerava, mesmo sem motivo aparente e até que a crise se intensificou.
Nesse cenário, eu decidi urgentemente procurar alguma coisa que me motivasse e que pudesse resgatar meu ânimo, energia e equilíbrio. Sim, continuaria no trabalho, pois precisava do salário para me manter, mas procuraria algo mais que me proporcionasse, quem sabe, um sentimento de realização e felicidade. Naquela época eu acreditava que a questão estava fora de mim e não dentro. Até cheguei a pensar em pedir exoneração, pois projetei fora de mim a culpa do que vivia interiormente. Só não pedi exoneração, pois primeiro, sabia que seria taxado de louco e, em segundo lugar, minha sobrevivência estaria ameaçada.
Nesse cenário, aquele convite estranho para um tal curso de Reiki, veio em boa hora. Talvez seria o momento de me envolver com algo novo e mesmo sem compreender o que era o Reiki, eu fui fazer o curso. Senti pequenas reverberações nas semanas seguintes ao curso, mas não imaginava o quanto minha vida ia mudar nos próximos meses e anos devido a esse encontro.
À medida que fui me aprofundando no Reiki, sentia-me mais fortalecido e mudanças positivas foram acontecendo. Algumas pessoas à minha volta começaram a notar que eu estava diferente de alguma maneira, com um semblante mais sereno, com os olhos brilhando, mais tranquilo nas minhas relações e atividades. Achei isso muito curioso e até engraçado, pois chegaram a me perguntar o que eu estaria fazendo para ter mudado, tendo algumas pessoas me perguntado inclusive se eu estava frequentando uma igreja nova ou outro centro religioso. A verdade era que não havia nenhuma mudança relacionada à religião, mas sim a jornada de autoconhecimento, reequilíbrio e desenvolvimento pessoal que eu estava vivenciando por ingressar nas práticas integrativas. Mas naquele momento, eu tinha vergonha de falar o que eu estava fazendo por medo de julgamentos, então eu só me esquivava da resposta.
Em seguida, comecei a ajudar outras pessoas através de atendimentos voluntários aos finais de semana. O olhar das pessoas após um momento de relaxamento e bem estar, proporcionado pelo atendimento de Reiki, sempre foi algo que me marcou profundamente. Me senti útil, vivo e motivado. Esse projeto continua até hoje com cerca de 30 a 50 pessoas por semana atendidas, mediante a ajuda de vários colaboradores amigos.
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